quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Natal de um Patinho - Por Mark Barbosa

 Em um sítio, vivia uma mamãe pata com seus três filhotes, preparando os enfeites e presentes, pois era a semana que precedia o Natal. A mamãe pata orientava seus filhotes a nunca desviar o caminho, pois ao redor da lagoa tinha muitos perigos. Dois prestaram atenção, menos um, que era do tamanho de um ovo, desobediente e teimoso. Um dia o patinho teimoso convidou um amiguinho vagalume, que ali passava para brincar com a bolinha de Natal, quando de repente, passando um para o outro, a bola escapa das pequenas mãos do vagalume e vai parar no outro lado da mata fechada, acabando assim a brincadeira dos dois. Para continuar a diversão, o patinho achou por bem resgatar a bolinha, pois podia ser que a mãe brigasse. Chamou o pequeno vagalume para ir junto. Sem medir as consequências e sem observar o aviso dado pela sua mãe, o curioso patinho mergulha no desconhecido outro lado da lagoa.
A tempestade estava se aproximando, e a primeira etapa era fazer a travessia com o tronco velho que dava ao outro lado, pois bem abaixo se encontravam grandes predadores aquáticos com aparência pré-histórica, à espera de alguma vítima. O patinho resolve então atravessar o tronco úmido e escorregadio, e por pouco acaba não caindo nas bocas de dentes afiados, graças ao esforço do vagalume, que o segurou com o pequeno galho que estava em suas mãos.
A mesma sorte do patinho o vagalume não teve; no momento da salvação, uma enorme bolha de chuva o derruba na correnteza da lagoa. O desesperado patinho se lança ao leito do rio para resgatar o seu amiguinho. Atrapalhado e com pouca experiência em nado, ele se vê em grande perigo, pois bem atrás vinham três enormes jacarés famintos, e logo à frente, o seu amiguinho, quase inconsciente, indo em direção à enorme cachoeira. Por sorte um cipó estava no caminho do patinho, conseguindo então se salvar e salvar o amiguinho, deixando para trás três répteis reclamando por ter perdido o banquete.
A noite cai, o patinho e o vagalume encontram uma pequena gruta na árvore seca, e ao lado fazem uma pequena fogueira para se aquecerem depois de uma tempestade. Como não tinham outra alternativa, apenas se alimentavam de frutos e raízes.
E nesse momento, o patinho calcula que está a milhas de distância de sua casa, deduzindo que a volta não poderá se tão fácil.
O patinho começa a chorar com medo de perder a sua família na noite de Natal. O pequeno vagalume o consola, pedindo para olhar para as estrelas, dizendo: olha para elas, o mar do céu é grande, mas estrelas estão todas juntas brilhando. Você está passando por grandes desafios e cabe a você superá-los. Por isso você não perderá – Disse o vagalume.
Depois de uma longa noite, os primeiros raios do sol a despertar, e para a surpresa do patinho, ele vê os irmãos e sua mãe na margem da lagoa à sua procura.
Aliviado, ele abraça forte a mãe e conta a suas aventuras. Quando vira para o lado para apresentar o seu novo amiguinho, ali não mais se encontrava, apenas estava a bolinha de enfeite de Natal encostada no tronco da árvore.
O patinho olhou para cima e sorriu, agradecendo por manter-se firme na esperança e diz que o seu melhor presente foi encontrar a família.
Já em casa, a mamãe pata pega a árvore que acolheu o seu filhote na noite fria e a poda no formato de um pinheiro, colocando os lindos enfeites, que piscavam que nem vagalumes. E todos tiveram um Natal muito feliz.

FIM
 

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Olá,

Aqui se inicia a minha jornada virtual, onde irei colocar meus contos e informações literárias.
A caminhada será longa e o horizonte é meu guia. 


Boa leitura.

Mark : )